Amigos, amores e aquela coisa terrível - Resenha crítica - Matthew Perry
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Amigos, amores e aquela coisa terrível - resenha crítica

Amigos, amores e aquela coisa terrível  Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Biografias & Memórias

Este microbook é uma resenha crítica da obra: Friends, Lovers, and the Big Terrible Thing: A Memoir

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 6557122533

Editora:  Editora BestSeller

Resenha crítica

Apesar do título das memórias de Matthew Perry sugerirem três tópicos dominantes, o tópico da sua batalha árdua e duradoura contra seu vício em álcool e opioides, que afetou tanto sua carreira de ator, vida amorosa, e, especialmente, saúde, vai predominar. É por isso que ele começa seu livro com a memorável frase: "Oi, meu nome é Matthew, apesar de que provavelmente você me conheça por outro nome. Meus amigos me chamam de Matty. E eu devo estar morto". Infelizmente, de fato, hoje Matthew está morto, mas não seu legado como ator, e, mais importante, indivíduo com angústias e sonhos, como descobriremos ao passear por suas memórias.

Um menor desacompanhado

Você conseguiria imaginar uma criança de cinco anos viajando de avião sozinha nos dias de hoje? Provavelmente não, certo? De volta aos anos de 1970, era comum que uma criança voasse sem a supervisão de seus pais. Essas crianças usavam um pequeno cartaz em seus pescoços escrito - "Menor desacompanhado". Eles também teriam direito a vários benefícios, como embarcar antes dos outros passageiros, um lounge apenas para crianças, e escolta até a aeronave. No entanto, para a maior parte dessas crianças, isso provavelmente não significava nada. Eles só queriam se sentir seguros com um de seus pais ao seu lado. 

Em certo ponto, Perry queria colocar em suas memórias o título de "Um menor desacompanhado", já que os seus vôos de Montreal, onde ele vivia com a mãe, até Los Angeles, onde ele ia para visitar o pai, eram frequentes em sua infância. Eles deixaram uma marca em sua vida não apenas por serem um lembrete de que seus pais não estavam mais juntos, mas porque o faziam se sentir abandonado, ou como se não fosse o suficiente. Ele escreve, "Se eu fosse o suficiente, eles não me deixariam desacompanhado, certo? Não é assim que as coisas deveriam ser?  As outras crianças tinham os seus pais com eles, eu tinha um cartaz e uma revista.

Perry nasceu numa noite chuvosa de agosto, em 1969. O filho de "duas das pessoas mais bonitas da face da Terra", John Bennet Perry, a estrela dos comerciais do desodorante Old Spice, e Suzanne Marie Langford, ex-Miss Rainha do Gelo Universitária Canadense. No entanto, após apenas nove meses de seu nascimento, os pais de Perry decidiram que não poderiam mais ficar juntos. Um dia, então, eles sentaram em seu carro com o pequeno Matthew e dirigiram até a fronteira canadense, onde seu avô materno os aguardava. Suzane saiu do carro com o bebê e assistiu seu antigo parceiro dirigir para longe, para sempre. "Minha mãe e eu fomos abandonados, antes mesmo de conseguirmos nos conhecer", escreve Perry.

Pílulas e álcool resolvem problemas

Perry aprendeu desde muito cedo que drogas o ajudavam. Quando era um bebê, ele era barulhento e carente, como a maioria dos bebês é. Infelizmente, os médicos daquela época aconselhavam aos pais acalmar seus bebês com pílulas. "Tem fotos minhas de criança que é possível perceber que eu estava completamente drogado, balançando a cabeça como um viciado, e isso com sete semanas de idade". Enquanto foi ficando mais velho, Perry  manteve essa mesma abordagem ao confrontar suas necessidades e desconfortos. Ele menciona que "Enquanto bebê, eu não queria trabalhar em mim mesmo por muito tempo, porque se uma pílula pode consertar isso, bem, assim é mais fácil, e foi assim que me foi ensinado". 

Não apenas as pílulas resolvem os problemas, mas os drinques também, e essa foi outra lição que ele aprendeu em sua infância. Uma vez, ele viu sua mãe chorar na cozinha e pensou: Porque ela apenas não bebe? "Eu não tenho ideia de onde eu tirei essa ideia de que um drinque com álcool a faria parar de chorar", ele escreve, "mas de algum jeito a cultura ao meu redor me ensinou que beber era equivalente a rir e se divertir, um escape muito necessário da dor". A vida da mãe de Perry não era fácil, como nenhuma vida de mãe solo é. Ela estava ocupada fazendo o trabalho de duas pessoas, e, compreensivelmente, estressada e incapaz de dar ao seu filho a atenção que ele precisava. Então, ele aprendeu a ser divertido para acalmá-la o suficiente para que ela cozinhasse algo para os dois, sentasse com ele e o escutasse. "Meu trabalho era entreter, lisonjear, encantar, fazer os outros rirem, acalmar, agradar, ser um verdadeiro bobo da corte", Perry escreve. 

Com sua mãe normalmente fora de casa e seu pai há quilômetros de distância, o pequeno Matty se sentia constantemente abandonado, sozinho e desconfortável. A primeira vez que esses sentimentos desapareceram foi quando ele bebeu sua primeira garrafa de vinho. Enquanto deitava bêbado na grama, olhando para Lua, o Perry de 14 anos compreendeu que, pela primeira vez em sua vida, nada o incomodava. Ele se sentiu feliz, completo, e em paz. Não havia problemas e ele não precisava mais da atenção de ninguém. Ele estava sendo cuidado.

O início da atuação

Quando tinha quinze anos, Perry decidiu se mudar para a casa de seu pai em Los Angeles. " No Canadá eu estava com raiva, triste e bebendo, minha mãe e eu estávamos brigando, e eu não me sentia parte da família, era péssimo na escola, e quem sabia se eu precisaria me mudar em breve, e etc etc. E, bem, uma criança quer conhecer seu pai, escreve Perry. Naquele tempo, Perry jogava tênis constantemente e considerava seguir uma carreira no esporte. Entretanto, uma vez que se mudou para Los Angeles, ele percebeu que só poderia se tornar um sólido jogador de clube e nada mais. Agora que ele precisava aprender uma nova profissão, a atuação parecia ser a melhor escolha, já que foi atuando por toda sua infância que ele conseguia melhorar o humor em sua casa: entretendo os outros. " Se eu estava performando bem, tudo estava bem, e eu estava sendo cuidado. Talvez eu tenha sido um menor desacompanhado, mas quando eu conseguia fazê-los rir, tinha toda uma audiência, minha mãe, meus irmãos, os irmãos Murray, as crianças da escola, que iriam me aplaudir de pé."

Perry gravou seu primeiro filme quando tinha dezessete anos, e conseguiu seu papel de maneira tranquila, sem nem mesmo participar de audições. Um dia, ele estava numa cafeteria, brincando com várias garotas, quando um homem se aproximou e deixou um guardanapo escrito: "Eu quero você no meu próximo filme. Por favor, ligue para esse número...William Richert". Richert ficou impressionado com o jeito que o garoto encantou aquelas meninas, e decidiu que Perry tinha que estar no filme que ele estava fazendo baseado em seu livro "Uma noite na vida de Jimmy Reardon". O filme não foi um grande sucesso, mas toda aquela experiência - ser um astro de cinema, longe de casa, livre para flertar, beber e sair com os outros atores - foi mágico para Perry e o tornou muito mais firme em sua decisão de ser um ator.

E assim Chandler Bing nasceu

No início dos seus vinte anos, Perry foi ator convidado em algumas séries, e estava regularmente participando de audições, esperando por sua grande estreia. Então, em 1994, ela aconteceu. O roteiro de uma nova série, "Amigos como nós", apareceu, e rapidamente se tornou a "leitura quente da temporada". Depois de ler o script, Perry imediatamente se identificou com um personagem. "Foi como se alguém tivesse me seguido por um ano, roubado minhas piadas, copiado meus maneirismos, meu modo de viver: cansado, mas sempre espiriruoso". Um personagem em particular chamou minha atenção: Não foi que eu achei que poderia fazer o papel de 'Chandler', eu era Chandler". No entanto, tinha um problema. Naquela época, ele tinha conseguido o papel em uma série de comédia e ficção científica, L.A.X. 2194, e, portanto, estava fora do mercado para outras séries. Isso, entretanto, não o impediu de participar do teste para "Friends Like Us".

Em uma manhã, Craig Bierko, amigo de Perry, lhe contou que recebeu ofertas de papéis em duas séries diferentes,  e que não conseguia decidir qual ele iria aceitar. Um era o papel principal de uma série chamada "Melhores amigos", e a outra, você adivinhou, era o papel de Chandler Bing em "Amigos como nós". Apesar de saber que ele era Chandler, Perry não queria ser um mau amigo, então disse a Craig que ele deveria ir para "Amigos como nós". Felizmente, Craig decidiu fazer o oposto e aceitar o papel ofertado pela outra série. O que significava, então, que o papel de Chandler Bing ainda estava vago! Alguns dias depois, Perry se encontrou com Marta Kaufman, uma das co-escritoras de "Friends", e atuou como Chandler para ela. Ele já havia lido o roteiro tantas vezes até então que o sabia de cor, então nem precisava de audição. É claro que ele arrasou, e o piloto tinha o seu ator final - Matthew Perry como Chandler Bing.

Aquela coisa terrível

É difícil ser um viciado, principalmente quando você é famoso, pois todos sabem de tudo que está acontecendo com você. E não apenas isso - dificilmente alguém se atreve a reclamar do seu comportamento horrível quando você é uma estrela. Quando ele fez o filme "Serving Sara", Perry estava utilizando metadona, um quarto de vodka por dia, cocaína e Xanax. Ele aparecia no set todos os dias, desmaiava em sua cadeira, acordava para gravar uma cena, tropeçava até o set e basicamente gritava para uma câmera por dois minutos. Depois disso, ele voltava até sua cadeira para cochilar. "As pessoas do cinema queriam o filme finalizado, colocar meu nome num pôster, e fazer $60 milhões. E Friends…bem, Friends era ainda pior. Ninguém queria se meter com aquela fábrica de fazer dinheiro".

Em 2019, Perry acabou no hospital com seu cólon rompido por uma overdose de opiáceos. Depois que os médicos o colocaram num ventilador pulmonar, o ator vomitou dentro da máquina, o que fez com que seu vômito fosse parar em seus pulmões. Ele esteve numa máquina de ECMO e num coma por catorze dias, com apenas dois por cento de chance de sobrevivência.

Quando acordou do coma e soube que estava com uma bolsa de colostomia, Perry não quis se mexer ou falar por duas semanas.  "Eu me odiei. Eu havia quase me matado. A vergonha, a solidão, o arrependimento, era demais pra se lidar. Já estava feito. Eu tinha medo de morrer, o que contradizia diretamente as minhas ações".

Por muitos anos Perry esteve tentando preencher esse vazio dentro dele, procurando por algo que o fizesse se sentir melhor. A fama não foi uma solução para os seus problemas. As drogas também não - ao usá-las para tentar resolver suas questões, ele arriscou ficar sem nenhum tipo de problema nesta Terra - ele arriscou sua própria vida. Ele escreveu "A resposta para 'Por que eu estou vivo?' , eu acredito que está em algum lugar por aí. Afinal, é a única coisa que eu percebi que realmente me faz sentir bem. É inegável que tem um Deus por aí". 

Notas finais

Os fãs de Matthew Perry se acostumaram a esperar dele boas risadas e entretenimento. Apesar de não conseguir disfarçar seu charme e bom humor, nessas memórias ele não é um comediante, mas um homem solitário e vulnerável, que sofreu imensamente ao tentar lidar com seu vício.  Então, "Amigos, amores e aquela coisa terrível" não é recomendado para aqueles que procuram por diversão, mas sim para quem quer escutar um relato honesto, emocionante e revelador que pode ressoar com qualquer um, especialmente com aqueles que estão sofrendo com aquela coisa terrível.

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Quem escreveu o livro?

Matthew Langford Perry é um ator, comediante e produtor americo-canadense. Ele é conhecido no mundo todo pelo seu personagem na famosa sitcom da NBC, "Friends", Chandler Bing. Perry também apareceu em várias outras séries, como "Studio 60 on the Sunset Str... (Leia mais)

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